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Definição e Bases Científicas

O neurofeedback, também conhecido como biofeedback de EEG, é a parte do biofeedback em que o objetivo do cliente está na autorregulação dos potenciais de campo corticais em nível do escalpo (ondas cerebrais). Esses potenciais elétricos ou ondas cerebrais foram descobertos por Berger em 1929 e são os resultados da alta capacidade dos neurônios para alterarem seu potencial de membrana. Quando centenas – ou talvez milhares – de neurônios alteram simultaneamente o potencial de membrana, acontece um “disparo sincronizado”, e o registro elétrico desta atividade toma a forma de ondas, daí o termo ondas cerebrais. Durante o registro da atividade elétrica cortical em nível do escalpo, aparecerão diferentes tipos de ondas cerebrais chamadas de “ritmos”, que se diferenciam pela sua freqüência e amplitude, a saber: Delta (2-3Hz), Theta (4-7Hz), Alpha (8-12Hz), Beta Baixo (13-15Hz), Beta (16-20Hz) e Beta Alto (21-34Hz). O ritmo entre 12 e 14Hz, quando detectado sobre a área do córtex sensoriomotor, é chamado de ritmo sensoriomotor. Usualmente, utiliza-se o aumento da produção de ondas Alpha (8-12Hz) em tratamentos onde estados mais relaxados da mente e do corpo são desejáveis. Através de eletrodos colocados no couro cabeludo do cliente, são captadas suas ondas cerebrais que, enviadas a um amplificador, possibilitam a obtenção de um traçado gráfico que quantifica essas ondas em termos de freqüência e amplitude.

Atualmente, com o auxílio de computadores, podem-se isolar os tipos de ondas cerebrais a serem medidos e estudados, a este processo chamamos “EEG Quantitativo”.

Em um artigo publicado no “Journal of Neurotherapy”, Abarbanel (1995) mostra que, uma vez adquirido o controle voluntário sobre a produção de determinado tipo de ondas cerebrais, o processo de produção se automatiza, e o cérebro passa a funcionar de maneira mais ordenada e eficaz. Esta automação acontece porque este funcionamento ordenado e eficaz, atingido durante o treinamento em neurofeedback, modula o sistema nervoso para um estado de equilíbrio estável (Cohen e Servan-Schreiber, 1992).

Os potenciais de campo corticais parecem estar associados a comportamentos específicos. Estudos realizados com diversas espécies de animais demonstram esta correlação.

Sterman correlacionou um ritmo de 12 a 14Hz sobre o córtex sensoriomotor em gatos com o estado de vigilância imóvel, e este ritmo é produzido pelo animal durante

experimentos de condicionamento operante (Wyrwica e Sterman, 1968; Sterman, Wyrwica e Roth, 1969). Em uma revisão recente, Sterman (1994) relaciona a geração dos potenciais de campo – em nível do escalpo -, com a influência sobre o tálamo de três atividades cognitivas do cérebro, as quais ele denomina de: 1) Vigilância; 2) Integração Sensoriomotora; e 3) Integração Cognitiva. O sistema de Vigilância envolve redes (de neurônios) difusas e centros específicos no tronco cerebral e suas influências ascendentes sobre os centros talâmicos, subcortical e cortical; o sistema de Integração Sensoriomotor envolve o ramo ascendente e as vias proprioceptivas e suas projeções para o tálamo e, daí, para o córtex sensoriomotor, e os eferentes desta área cortical. Este sistema gera o ritmo sensoriomotor (SMR), o ritmo de 12 a 14Hz sobre a faixa sensoriomotora; a Integração Cognitiva envolve uma gama de centros que processam e integram as entradas sensórias e as respostas motoras.

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